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Dez Milhas Garoto tem vitória feminina do Brasil após 18 anos

Nubia de Oliveira Silva bateu africanas para recolocar o país no lugar mais alto do pódio, fato inédito desde 2007. No masculino, quenianos dominam a prova disputada neste domingo (28), no Espírito Santo.

28.09.2025  |  437 visualizações

 

Setembro, 2025 – A 34ª edição da corrida Dez Milhas Garoto escreveu mais um capítulo de sua longa história neste domingo (28). Enquanto 17 mil atletas amadores - recorde da prova - aproveitaram a manhã ensolarada para avançar no percurso entre a Praia de Camburi, em Vitória, e a fábrica da Chocolates Garoto, em Vila Velha e completar os 16.093 km que os separavam da linha de chegada, os corredores de elite travaram batalhas à base de suor e garra. E Nubia de Oliveira Silva voltou a colocar o atletismo feminino do Brasil no alto do pódio após 18 anos. No masculino, Mark Kiptoo, de Uganda, foi o vencedor.

 

A última vez que uma brasileira havia cruzado a linha de chegada na 10 Milhas Garoto em primeiro lugar foi em 2007, com Edinalva Laureano da Silva, que completou a prova com o tempo de 55min49. Neste domingo, Nubia venceu após 57min27 de corrida, com apenas um segundo de vantagem para a segunda colocada, a etíope Desta Abera Demise (57min28). Atrás da dupla, as corredoras que completaram o pódio também chegaram coladas: a queniana Emily Chebet (57min29), a brasileira Amanda Aparecida de Oliveira (57min30) e a queniana Viola Jelagat Kosgei (57min31).

 

“Nós viemos em um pelotão de cinco a seis meninas até o final. Faltando 200 metros, olhei para o relógio e fui embora. Chamei por Deus: ‘Deus me abençoa e vamos lá’. Foi minha primeira vez nas 10 Milhas Garoto e adorei demais, tanto a prova em si como a energia do público. Pode ter certeza que vou voltar no ano que vem”, disse a campeã, garantindo que a corrida capixaba entra para a galeria de suas maiores conquistas, ao lado do pódio (terceiro lugar) na São Silvestre. “Essa prova vai marcar minha vida”, completou.

 

Se no feminino foi preciso esperar 18 anos por uma vitória brasileira, no masculino, as expectativas eram de que um atleta nacional repetisse o feito de Altobeli Santos da Silva, campeão em 2023. Desta vez, não deu. O ugandense Mark Kiptoo (46min54), e os quenianos Nicolas Kiptoo Kosgei (46min59) e Dismas Nyabira Okioma (48min27) foram os mais rápidos. Gleison da Silva Santos, quinto colocado com o tempo de 50min04, colocou o Brasil no pódio. “Foi minha primeira vez no Brasil e achei a corrida muito boa, bem organizada, e espero retornar em 2026 para defender meu título”, disse Mark, que garantiu não ter tido problemas com a subida na terceira ponte, abrindo na liderança a partir deste ponto.

 

Melhor brasileiro na corrida 10 Milhas Garoto, Gleison da Silva Santos comemorou o resultado. “É uma satisfação correr pela primeira vez essa prova tão tradicional e chegar entre os cinco primeiros em uma corrida de nível internacional não tem preço. Venho de duas vitórias em provas de 10km nas cidades de Maceió e João Pessoa e resolvi vir para o Espírito Santo porque estou bem fisicamente. E foi bom”, comentou o atleta.

 

Fabiano Marins, diretor da Fábrica da Garoto em Vila Velha, comentou sobre o sucesso de mais uma edição da 10 Milhas. “Foi uma corrida espetacular tanto para quem participou como para quem veio acompanhar essa festa esportiva. Um dia bonito, com essa energia espetacular. Temos uma conexão especial com o Espírito Santo e essa corrida é um legado, passando por pontos turísticos importantes e promovendo bem-estar por meio do esporte. Estamos felizes em promover um domingo de alegria para todos, além do orgulho de voltar a ver uma brasileira no alto do pódio”, afirmou.

 

A corrida Dez Milhas Garoto 2025 reafirmou a fama de ser uma prova desafiadora e acolhedora ao mesmo tempo. Isso porque, além da estrutura de primeiro mundo para os atletas, recebe milhares de pessoas para acompanhar a prova ao longo do percurso. E quem não conseguiu comparecer “de corpo”, teve a oportunidade de sentir a ”alma” da corrida por meio da transmissão ao vivo no canal da Yescom no YouTube (https://www.youtube.com/@YescomEntretenimento).

 

Superação - Depois de sofrer um acidente de carro em março deste ano, quando voltava de uma corrida realizada em Barra Longa (MG), Alequessandro de Paula Silva, o Chicletinho, voltou a competir neste domingo. Após sofrer múltiplas fraturas e precisar ficar em coma na UTI de um hospital em Manhuaçu (MG), ele se recuperou para cruzar a linha de chegada em décimo lugar da edição 2025 da tradicional prova do Espírito Santo. “Ainda estou em recuperação e sinto algumas dificuldades, mas deu tudo certo e estou feliz em voltar a correr e competir. Agora é continuar nesse processo de recondicionamento físico”, disse o atleta capixaba.

 

Recordes: Além do recorde de 17 mil inscrições (ano passado foram 15 mil), os outros dois eventos relacionados a 34ª edição das Dez Milhas Garoto também registraram crescimento em relação ao ano passado. A Garotada passou de 2.700 para 2.900 e a Cachorrida subiu de 800 para 850 participantes.

 

Resultados

 

Feminino

1 - Nubia de Oliveira Silva - 57min27

2 - Desta Abera Demise - 57min28

3 - Emily Chebet - 57min29

4 - Amanda Aparecida de Oliveira - 57min30

5 - Viola Jelagat Kosgei - 57min31

 

Masculino

1 - Mark Kiptoo - 46min54

2 - Nicolas Kiptoo Kosgei - 46min59

3 - Dismas Nyabira Okioma - 48min27

4 - Yeneblo Biyazen Alehegn - 49min36

5 - Gleison da Silva Santos - 50min04

 

Cadeirantes

1- Leonardo De Melo - 40min33

 

Capixabas

Feminino - 1- Carolina Henrique Sardinha Silva - 1h08min12

Masculino - 1 - Marquézile Gabriel Piu - 56min06

 

Colaboradores

Feminino - 1 - Lioneide Souza Dos Santos Vasconcelos - 1h16min56

Masculino - 1 - Diogão Gaino De Moraes - 1h01min55

 

Números da Dez Milhas Garoto, Garotada e Cachorrida

 

20.750 inscritos - 17.000 nas Dez Milhas Garoto, 2900 na Garotada, 850 na Cachorrida.

 

Nos 3 eventos:

- 1.200 pessoas na Organização

- 216 mil garrafas de água

- 21.000 lanches pós prova

- 21.0000 kits atleta (camiseta, medalha, nº de peito sacola e brindes Nestlé/Garoto)

- 12 Ambulâncias/UTI

- 80 Profissionais de saúde

- 2.900 grades

- 1.000 cavaletes

- 1.000 cones

- 130 metros de arquibancada

- 3 dias de entrega de kit

- R$ 220.000,00 em prêmios

- Transmissão ao vivo pelo Youtube

- Coleta seletiva de resíduos

 

Campeões

1989 – Delmir Alves dos Santos (RJ),50min28s/ Nerci Freitas Costa (RJ),1h04min19s

1990 – Severino J. da Silva (SP),46min42s/ Sônia Márcia Rodrigues (MG),56min42s

1991 – Luís Antônio dos Santos (RJ), 45min49s/ Silvana Pereira (SC), 53min06s

1992 – Delmir Alves dos Santos (RJ), 50min95s/ Viviany Anderson (MG), 1h0min48s

1993 – Luís Antônio dos Santos (RJ), 47min45s/ Silvana Pereira (SC), 56min48s

1994 – Tomix Alves da Costa (MG) - 48min25s/ Silvana Pereira (SC), 57min35s

1995 – Adalberto B. Garcia (SP), 47min21s/ Viviany Anderson (MG), 56min24s

1996 – Delmir Alves dos Santos (SP), 48min04s/ Maria de L. da Silva (BA), 56min18s

1997 – Ronaldo da Costa (MG), 47min21s/ Risoneide Wanderley (SP), 56min43s

1998 – John M. Gwako (Quênia), 47min19s/ Márcia Narloch (RJ), 55min41s

1999 – John M. Gwako (Quênia), 47min23s/ Viviany Anderson Oliveira (MG), 55min41s

2000 – Joseph Waweru (Quênia), 47min24s/ Márcia Narloch (RJ), 55min52s

2002 – Marílson Gomes dos Santos (DF), 47min41s/ Márcia Narloch (RJ), 55min10s

2003 – Valdenor Pereira dos Santos (PI), 48 min 58 s/ Márcia Narloch (RJ), 56min01s

2004 – Marílson Gomes dos Santos (DF), 47min53s/ Márcia Narloch (RJ), 56min25s

2005 – Franck Caldeira (MG), 48min23s/ Márcia Narloch (RJ), 56min20s

2006 – Marílson Gomes dos Santos (DF),47min39s/ Lucélia Peres (MG), 55mim23s

2007 – Clodoaldo G da Silva (DF), 48min44s/ Edinalva Laureano da Silva (PB), 55min49s

2008 – Willian Gomes (MG), 48min39s/ Nancy Jepkosgei Kipron (Quênia), 56min24s

2009 – Franck Caldeira (MG), 47min58s/ Meseret Heilu (Etiópia), 56min05s

2010 – Marílson Gomes dos Santos (RJ), 47min45s/ Eunice Kirwa (Quênia), 55min11s

2011 – Kimutai Kiplimo (Quênia), 48min05s/ Eunice Jepkirui Kirwa(Quênia), 55min43s

2012 – Joseph Aperumoi (Quênia), 47min01s/ Rumokol Chepkanan(Quênia), 54min13s

2013 – Edwin Kipsang Rotich (Quênia), 47min00s/ Nancy Kipron(Quênia), 55min16s

2014 – Leul Gerbresilase Aleme (Etiópia), 47min18s/ Delvine Meringor (Quênia), 57min08s

2015 – Edwin Kipsang Rotich (Quênia), 47min42s/Delvine Meringor (Quênia), 54min50s

2016 – Joseph Aperumoi (Quênia), 47min29s/Consolata Cherotich (Quênia), 59min49s

2017 – Belete Tola (Etiópia), 48min14s/Esther Kakuri (Quênia), 57min40s

2018 – Wellington Bezerra da Silva (Brasil), 48min55s/Esther Kakuri (Quênia), 57min18s

2019 – Geofry Kipchumba (Quênia), 48min18s/Viola Chemos (Uganda), 59min39s

2022 – Giovani dos Santos (Brasil), 48min21/Mestawut Trunet (Etiópia), 56min45

2023 - Altobeli Santos da Silva (Brasil) - 50min24/Scholastica Jepkemboi (Quênia) - 58min24

2024 - Nicolas Kiptoo Kosgei (Quênia) - 46min32/Viola Jelagat Kosgei (Quênia) - 56min08

2025 – Mark Kiptoo (Uganda) – 46min54/Núbia de Oliveira Silva (Brasil) – 57min27

 

Maiores vencedores: Marcia Narloch, com seis vitórias, e Marilson Gomes dos Santos, com quatro.

 

Recordes da prova: Luís Antônio dos Santos (RJ), 45min49s, e  Silvana Pereira (SC), 53min06s.

 

Sobre o evento

Criada em 1989 para comemorar os 60 anos da Chocolates Garoto, a corrida já faz parte do calendário esportivo nacional e vem crescendo em número de participantes e impacto local. Além de promover saúde e bem-estar, a Dez Milhas Garoto impulsiona o turismo capixaba, atraindo milhares de participantes de todo o Brasil e também do exterior durante o fim de semana do evento.

 

A corrida da Garoto está entre as maiores do Brasil, sendo a maior na modalidade 10 Milhas. A edição 2025 bateu recorde da prova com 17 mil inscritos. A organização é da Yescom, com homologação da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e da Federação Capixaba de Atletismo (Fecat).

 

Sobre a Nestlé

A Nestlé tem mais de 100 anos de atuação no Brasil e segue renovando seu compromisso com a sociedade, como força mobilizadora que contribui para levar nutrição e bem-estar para bilhões de pessoas, criar um ambiente de inclusão e oportunidade para milhares de brasileiros e ser o produtor de alimentos mais sustentável do país. A empresa emprega mais de 30 mil pessoas no Brasil e tem 16 unidades industriais em operação localizadas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, além de 12 centros de distribuição e mais de 70 brokers (responsáveis por vendas, promoções, merchandising, armazenamento e distribuição).

 

Comprometida com boas práticas que vão do campo à mesa do consumidor, a companhia conta com milhares de produtores fornecedores participando de programas de qualidade nas cadeias de cacau, café e leite, que garantem uma produção sustentável e que trazem modernidade ao campo. Além disso, mantém iniciativas nas fábricas como minimizar a utilização de água e energia e reduzir as emissões, ações de reflorestamento e inovações contínuas em embalagens cada vez mais sustentáveis. A Nestlé Brasil está presente em 99% dos lares brasileiros.

 

 

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